A Autoridade Nacional de Proteção de Dados está investigando o segundo maior incidente de proteção de dados do país em 2021

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) informou hoje (11) que iniciou uma investigação sobre o segundo maior vazamento de dados do país no ano.

A investigação refere-se à exposição de dados relativos a mais de 102 milhões de linhas de telefonia móvel de duas operadoras móveis, que, segundo o site de notícias brasileiro Neofeed, incluíram nomes, números de registro de contribuintes, minutos gastos em ligações e outros detalhes, incluindo informações relativas ao presidente Jair Bolsonaro.

Um cibercriminoso baseado fora do Brasil que alegou ter obtido 57,2 milhões de conjuntos de dados de clientes da Vivo e 45,6 milhões de conjuntos de dados relativos a clientes da Claro tem vendido os dados na dark web, disse o artigo. A empresa de segurança cibernética e privacidade Psafe descobriu o incidente em 3 de fevereiro, mas não conseguiu encontrar evidências de que ambas as operadoras de telefonia móvel tenham realmente sido a fonte dos vazamentos - e ambas as empresas negam que dados de clientes tenham vazado.

A autoridade de proteção de dados afirmou que "está tomando todas as medidas adequadas" para investigar o caso. A ANPD convocou a Polícia Federal, bem como "a empresa que denunciou o fato e as empresas envolvidas". A ideia é que as entidades ajudem a autoridade recém-formada, que divulgou sua estratégia inicial na semana passada, a auxiliar na investigação e na adoção de ações para conter e mitigar riscos relacionados a dados pessoais de consumidores potencialmente afetados.

A notícia do último vazamento segue um incidente anterior no início deste ano, no qual detalhes de 223 milhões de brasileiros, incluindo cidadãos falecidos, variando de nome, endereço a renda atual, informações pessoais de veículos e declarações de impostos foram expostos e vendidos na dark web.

Fonte: ZDNet