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Apesar das preocupações com o potencial uso indevido e falta de confiança, a pesquisa descobriu que os consumidores não questionam as práticas corporativas em relação ao manuseio de dados pessoais.
Os consumidores no Brasil, em sua maioria, desconhecem as regras de proteção de dados do país e não questionam as práticas de gerenciamento de dados pessoais das empresas, revelou um novo estudo.
A pesquisa realizada pela empresa de inteligência de crédito brasileira Boa Vista com mais de 500 consumidores entre agosto e setembro de 2020 sugere que mais de 70% dos entrevistados não sabem o que é o Regulamento Geral de Proteção de Dados.
A grande maioria dos consumidores inquiridos (90%) considera que as suas informações pessoais não estão devidamente protegidas pelas empresas que as solicitam, enquanto 77% manifestaram preocupação com a potencial utilização indevida dos seus dados. Dos consumidores brasileiros pesquisados, 40% disseram ter sido vítimas de fraude.
Por outro lado, 53% dos consumidores brasileiros pesquisados disseram que nem sempre tomam medidas para proteger sua privacidade antes de informar seus dados pessoais às empresas. Enquanto 88% dos entrevistados disseram que não se sentem confortáveis em informar dados como seu número de registro de contribuinte, 55% não questionam as empresas quando solicitadas por tais informações pessoais.
As regulamentações de proteção de dados do Brasil foram sancionadas pelo presidente Jair Bolsonaro em 18 de setembro, após quase um mês de incerteza sobre a data real de entrada em vigor das regras. Os membros do conselho do órgão responsável por fazer cumprir os regulamentos, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, foram nomeados no final de outubro.
Pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) em parceria com a EY logo após a introdução das regras constatou que grande parte das empresas brasileiras ainda precisa se adequar às regras. Um estudo posterior da ABES e da EY constatou que o setor de tecnologia se saiu melhor , mas 56% das empresas do setor ainda precisavam se adequar às novas regulamentações.
Fonte: ZDNet